Informações, Orientações, Crônicas e Bate-Papo sobre Odontologia, a Saúde Bucal e o Ser Humano

Dr. Nilson Denari, Dra.Mônica Denari Piffer, Dra. Marly Simões,Dr. Marcos Denari, Dr. Renê Van der Laan, Dr. Rodrigo Nogueira

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Clínica Denari nos 10 Km A Tribuna

Os meus 10 Quilômetros de A Tribuna
Por Nilson Denari

Não bem sei como tudo aconteceu. A verdade é que há muito tempo ando atento aos meus desejos e sonhos. Não sei bem de onde vem, mas como em uma explosão, acontecem e eu não deixo barato, vou à luta.
Pensei: “que boa hora de tirar a Clínica Denari da toca, mostrando o quanto estamos vivos e unidos para mais uma ambição”. Foi só comentar sobre o projeto de participarmos dos 10 quilômetros, que em poucos minutos ou segundos, uma equipe se mostrou responsável em programar tudo o que fosse necessário.
Lá fomos nós, Mônica, Débora, Marcos e sua esposa Fernanda, Madalena, Rosangela, Penha, Rosana e eu, capitaneados pela nossa atleta-mor Rosa.
Foram feitas camisetas exclusivas, com o nome da Clínica Denari, dignificando mais o nosso empreendimento.
Não tenho palavras e espero que as fotos possam mostrar imagens que nos encantaram ao chegarmos às oito horas da manhã, na Praça José Bonifácio, mostrando um mundo de alegria, abraços, carinhos, cantos, energia mil, adrenalina dois mil, em todos que lá estavam. Só aquele espetáculo já valeu à pena superando toda a nossa boa expectativa.
Fazíamos parte dos caminhantes, era o que, debaixo de muita reza, esperávamos ser capazes de romper a linha de chegada. E foi tudo isso que fizemos, irradiando felicidade, cobertos de carinhos e atenção dos organizadores. Mas o que muito nos encantou foi todo o astral que nos envolvia a cada piscar de olhos, pelos colegas e especialmente pelo público em geral.
Iniciamos a caminhada lentamente, sobre cânticos, apitos, trombetas e gritos de guerra, em uma euforia total, estimulados pelos cinegrafistas e fotógrafos.
No túnel, senti medo, não chegava ao final, escuro, abafado, com um barulho infernal de gritos e apitos. Pensei que não ia agüentar, já estava ficando cansado e irritado com a nossa exigente capitã Rosa, pela lerdeza de nossos passos.

Mas logo tudo passou e ao chegar ao quilômetro dois ouvi o que precisava ouvir. Uma voz já havia se lamentado: “Nossa, ainda faltam oito quilômetros, meu Deus, eu não vou agüentar”. Mas neste exato instante, um salvador da pátria berrou: “Vamos lá minha gente, vamos cantar, dançar, curtir, pois só faltam oito quilômetros para a festa acabar! Força”. Isto tudo vinha de saudável sexagenário, andando de costas, com os indicadores em riste como se fosse um maestro, regendo um montão de gente para a alegria daquela festa.
Estas palavras implodiram dentro do meu cérebro. O importante não é só caminhar os dez quilômetros, e sim, se deliciar com aqueles momentos de total alegria entre todos, os participantes pelas avenidas e o público nas calçadas. Afinal, todo isto é um show, um espetáculo de alegria total.
Assim foi pensado e assim aconteceu. Dividi a metade do meu tempo caminhando junto com o pessoal da clínica e o outro mesclando a minha alegria com a daquela platéia maravilhosa que nos aplaudia.
Cheguei para um senhor, bem senhor e lhe disse: “Eu espero que o senhor no ano em que fizer 78 anos, como eu, esteja aqui do lado de dentro, caminhando comigo e não aí fora, viu?” “Não vai dar, moço, eu já tenho oitenta e três” respondeu sob risadas. Também sob risadas corri para se encontrar com o meu pessoal.
De outra feita, diante de dois olhos ansiosos, passei meu dedo sob seu queixo e perguntei: “Está com inveja? Porque não está aqui, junto com a gente?”. “Eu já corri seis vezes e a culpada de eu não estar aí foi...” e apontou o polegar para uma senhora ao lado, que logo se defendeu: “Eu não tenho nada com isso. Pergunta para ele, o que foi que o médico dele falou”. Respondi: “Hi camarada, pegou pesado. Mas vamos lá, meu jovem, até o ano que vem. Quero estar aí, nesta sombrinha gostosa vendo você passar pela avenida feito um raio”. E com um tapa em seu ombro, me afastei sorrindo.

A organização perfeita da festa nos presenteava a todo instante com água, muita água. Em todos os pontos eu me apoderava do que tinha direito e passava para certas pessoas que estavam no sol assistindo a festa. Eles todos, com os copos nas mãos ficavam confusos com a minha oferenda, ao ponto de uma senhorinha oriental aflita me perguntar: “Moço, será que eu posso?” Com um beijo em suas mãos, respondi: “lógico que sim”, porque ela também fazia parte da festa, e lá fui eu procurar meu povo.
Estas foram três historinhas das muitas que participei e que fizeram de mim no final, uma pessoa muito feliz, muito confiante na forças da solidariedade humana, intensamente presente em tudo que os organizadores dos 10 quilômetros da A Tribuna tentaram e conseguiram passar para nós atletas de todas as formas e de uma platéia tão seleta e esperançosas, de um mundo melhor.

Até o ano que vem.

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei o texto e a caminhada. Foi ótimo poder participar deste evento....o ano que vem quero mais!!!Parabéns Clinica Denari

Milene