Informações, Orientações, Crônicas e Bate-Papo sobre Odontologia, a Saúde Bucal e o Ser Humano

Dr. Nilson Denari, Dra.Mônica Denari Piffer, Dra. Marly Simões,Dr. Marcos Denari, Dr. Renê Van der Laan, Dr. Rodrigo Nogueira

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Porque os Pais hoje tem tanta dificuldade para controlar os Filhos?

Esta é uma pergunta que hoje as pessoas se fazem constantemente e até então nenhuma resposta parecia coerente. Eis que em uma reportagem da Revista Veja, encontro uma bela resposta para essa grande questão:
- Isso é reflexo da perda de legitimidade. Até pouco tempo atrás, a sociedade era hierarquizada, de forma que havia sempre um único lugar de destaque. Ele podia ser ocupado por Deus, ou pelo papa, ou pelo pai ou pelo chefe.
Isso foi se desfazendo progressivamente, e o processo se acentuou nos últimos trinta anos. Hoje a organização social não está mais constituída como pirâmide, mas como rede. E na rede não existe mais esse lugar diferente, que era “reconhecido” espontaneamente como tal e que conferia autoridade aos pais.
As dificuldades para impor limites se acentuaram, causando grande apreensão nas pessoas quanto ao futuro de seus filhos.

E existe uma fórmula para evitar que os filhos sigam por caminhos errados?
- Antes de mais nada é preciso ensiná-los a falhar. Aliás antes disso os pais é que precisam entender e aceitar que seus filhos irão, podem e precisam cometer erros.
Os pais, a família e a sociedade fazem uma cobrança muito grande, estabelecem metas muito altas, em tempos cada vez menores, e as crianças além de carregarem o peso das próprias dificuldades, muitas vezes ainda tem que suportar a angústia de não falharem em relação à expectativa que seus pais depositaram nelas,na maioria das vezes para suprir os próprios fracassos do passado. Sem dizer que muitos pais colocam seus filhos como indicadores de seu próprio sucesso, é muita pressão.
Desta forma os pais cercam a criança de tudo que podem para não falharem, para mantê-la feliz. Manter uma criança em satisfação constante, fazendo por ela tudo o que ela pede, a impede de ser confrontada com as dificuldades, por menores que sejam, gerando reações cada vez piores, formando crianças sem nenhum controle.
Por Jean-Pierre Lebrun – Psicanilsta Belga, referência na Europa no estudo sobre mudança da relação entre pais e filhos (Revista Veja – Dezembro de 2009.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Restaurações Cerâmicas: Estética e Longevidade

Dra. Mônica e Dr. Marcos ao lado do Prof. Buso ladeados pelos Professores Marco Antônio e Antonio Carlos.
No dia 27 de novembro a Dra. Mônica Denari Piffer e o Dr. Marcos Denari participaram deste curso ministrado pelo Prof. Dr. Leonardo Buso aqui mesmo em Santos, onde a tônica foi a Odontologia Estética.
Segundo o Prof. Buso, as perguntas que os pacientes mais fazem quando querem fazer uma reabilitação estética são:
- Vai ficar bonito?
- Quanto tempo vai durar?
E realmente, não há material mais bonito e mais próximo da cor do dente do que as porcelanas.
A porcelana é um tipo de cerâmica, que é colada sobre o dente, porém com algumas restrições:
- É necessário haver espaço suficiente para sua espessura
- É necessário haver esmalte de dente em sua margem.
- É necessário que a margem da colagem não esteja sob a gengiva
- Há restrições para pacientes que rangem ou apertam os dentes, sendo necessário seu controle como por exemplo uso de placa de relaxamento.
O Prof. Leonardo dá 3 anos de garantia nos trabalhos, cerâmicos se o paciente voltar a cada 6 mêses para controle e manutenção.
Além disso, a literatura mostra que há entre 2 a 5% de insucesso (margem de insucesso) na realização deste tipo de prótese.
O Professor destacou que não é qualquer dentista que tem condições de realizar este tipo de trabalho:
- Para se fazer estética é preciso que o dentista tenha: delicadeza, arte, treino, atenção aos detalhes, à harmonia, percepção, perseverança, paciência e ciência.
E ainda, além de conhecer os conceitos estéticos, também precisamos confiar no que vemos e no que sentimos e dividir com o paciente a escolha do novo desenho do seu sorriso.
Neste evento houve também o lançamento do Grupo Santista de Odontologia Estética capitaneado pela equipe o Curso de Dentística formada pelos doutores Antonio Carlos Tavares, Marco Antonio Guerra, Sérgio Badini e Nívio Dias. Mais um grande feito para a Odontologia da nossa cidade.

domingo, 20 de setembro de 2009

A Oclusão, longevidade das restaurações e as retrações.

No Meeting de Especialidades realizado em Santos em setembro de 2009, um aspecto muito interessante foi a confirmação da importância da Oclusão como grande responsável pela longevidade das restaurações e do periodonto (gengiva e osso que circundam o dente).
Bocas restauradas ou reabilitadas com próteses em pacientes que apresentam desequilíbrio oclusal acabam causando fratura das restaurações e/ou perdas ósseas importantes.
O Prof. Paulo Seradarian, grande estudioso na área da oclusão, também confirmou a existência de trabalhos científicos que comprovam que grandes desgastes nas raízes, acompanhados por retrações gengivais conhecidas por abrifrações, são causadas por apertamento dentário e não por escovação. Isso porque a dentina (parte interna do dente) tem uma certa “flexão” que o esmalte (parte externa do dente) não possui. Quando o paciente aperta e esfrega o dente, por não ter esta flexão, o esmalte acaba formando pequenas trincas e se quebra, bem na região próxima à gengiva, expondo a parte interna do dente e conseqüentemente causando uma concavidade (abrifração) e retração gengival.

Meeting de Odontologia em Santos

Nos dias 17 e 18 de Setembro o Sindicato de Odontologia de Santos e Região promoveu um Meeting de Especialidades no Centro de Convenções do Parque Balneário Hotel onde nada mais nada menos do que trinta e dois professores abordaram os temas de Estética, Implante, Endodontia e Clínica Geral.
E como não poderia deixar de ser, a Clínica Denari lá estava representada:

Dr. Marcos, Dr. Nilson e Dra. Marly com os colegas Dr. Antonio Carlos, DrMarcelo Shwab e Dra. Letícia.


Dentre os temas abordados destacamos o quanto a estética tem sido valorizada, através do lançamento de uma gama imensa de novos produtos para restaurações estéticas e agentes Clareadores, além da importância da Oclusão para a manutenção das restaurações e do periodonto.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

UM PAI INTERIOR

Por Nilson Denari
Ainda não sei o que nos leva a conhecer um pouco de nós mesmos; se são os sentimentos ou os acontecimentos que os tempos nos trazem, ou tudo isso junto.
Tem me chamado a atenção, um fato em minha vida que há muito reside em minha memória e a todo instante se faz presente. Eu o relato constantemente, quer seja no consultório ou fora dele, para justificar uma postura correta toda a vez que aparece uma dificuldade de relacionamento entre duas pessoas ou mais.
Vamos ao fato.
Em determinada época de minha vida, a minha relação com um dos filhos estava complicadíssima: conflitos de idéias e naturalmente, por grana. Minha esposa Ewa, como boa psicóloga, ouvia atentamente os meus lamentos até o final (é aí que mora o perigo) e um dia, quando terminei, pausadamente, justificou a indicação de ideal ‘medicação’, no ‘diagnóstico’ que havia feito.
Primeiro, ela indicou o fator causal com muita meiguice: “Mas meu bem, você o critica, vive humilhando-o” e calou. Surpreso, mais que depressa, me defendi: “Como humilho, eu faço tudo o que ele quer.” E aprumei o meu corpo pronto para a luta. Era tudo isso que ela queria. “Tem razão, faz tudo, tudo o que ele pede, caracterizando ao seu filho que ele é um incompetente, incapaz de fazer as coisas direito”.
Sentindo-me como se tivesse me esborrachado no chão, ela começou a dar o remédio homeopático: “Você precisa ajudá-lo a crescer, diga-lhe um não, deixe-o agir sozinho, acertar e até errar sozinho. Errar ainda é um dos bons remédios para crescer, virar gente, deixar de ser moleque, bebê chorão correndo para os braços do papaizão. Ele tem que deixar de ser criança de colo; está na hora de ser uma criança que cai, chora, levanta e sai, precisa aprender a se levantar. Essa é a vida, deixa seu filho viver a realidade. Ele tem que conhecer a lei do mais forte, que cai levanta e vai de novo”.
Hoje, penso que naquela hora, Ewa despejou toda a bílis acumulada durante um longo tempo de sofrimento, de ver a nossa postura imatura.
A riqueza dessa experiência tem colaborado muito na minha postura clínica, quando conto aos meus pacientes no intuito de auxiliá-los a entender e diminuir suas psicossomatizações, nas múltiplas síndromes dolorosas, freqüentes na nossa clínica.
O que eu não percebia era o enorme prazer que sentia toda vez que relatava o episódio. Ia muito além do fato de ser um dentista que procura ser mais que mero ‘doutor de dentes’, que se preocupa em ser ‘doutor de gente’.
Contar esse fato gerava uma energia radiante que perdurava dentro de mim por longo tempo. Fui ficando ‘encucado’ comigo mesmo. “Dr. Denari, aqui tem coisa”. Um ponto me parecia muito forte: como a palavra, a negação, um ‘não’ funcionava como um excelente fator positivo. Como isso era possível?
Um dia, provavelmente Freud ou Buda viraram na tumba, o sol se abriu ou acenderam-se as lamparinas dentro do meu cérebro, como dizem os indianos. Vejam só do que fui lembrar.
Ainda recém-formado, após várias oportunidades de trabalho, fiquei entusiasmado quando o Dr. Abraão Neto pôs à venda seu consultório, instalado em seu apartamento térreo, na Rua Galeão Carvalhal, esquina com a Djalma Dutra, alugando o imóvel para quem adquirisse o consultório.
Eu e meu amigo e colega de todas as horas, Edmar, das noitadas, inclusive, vibramos com a oportunidade de iniciar uma nova etapa na nossa vida profissional naquele ótimo ponto no Gonzaga. Mas os olhos brilhavam também, e muito, com os dois quartos aconchegantes nos fundos. Iríamos morar lá. Aquilo caiu do céu, e quem nos mandou aquela dádiva, com certeza foi o filho Dele, o que sabe entender melhor os mais jovens.
Tudo acordado com o colega, só faltava a grana da compra do consultório. Fui falar com a minha mãe, sempre perfeita intermediária dos negócios com o ‘velho’. Realçamos a beleza das instalações, o ponto, condução fácil, negócio perfeito, etc, etc. Só não lhe falei da intenção de ir morar lá, lógico. Podia dar zebra.
Minha mãe, como sempre, aguardou o bom momento de passar ao ‘velho’, a nossa pretensão. Meu pai ouviu pacientemente todos os detalhes do nosso rico negócio, e quando o relatório terminou, com os seus olhos esverdeados, fixos-os na minha mãe, falou: “Maria, diga ao seu filho que a minha parte eu já fiz, dei-lhe o diploma. Agora, o resto é só com ele”. Quando meu pai disse “seu filho”, ela percebeu que a vaca tinha ido pro brejo.
Frente à resposta do meu pai, meu mundo caiu. Saí blasfemando contra tudo e contra todos, principalmente contra meu pai, coisas impublicáveis. Pensei até em me atirar no canal. Bati a porta e saí para a rua, só de short, aquele de nylon, descalço. Me pus a andar e andar. Cheguei à praia, a escuridão não me deixava ver o mar, virei à direita e lá fui eu com destino de São Vicente, Praia Grande, Paraná, Santa Catarina, até o final do mundo. Se é que ele tinha final.
A raiva não passava, só aumentava. Fui blasfemando e blasfemando, até quase à divisa, quando um carro da Rádio Patrulha em rápida manobra parou ao meu lado. De lá saiu um policial, e o outro ficou de pé encostado na porta; os dois me observavam firmemente. Foi quando o primeiro aproximou-se e pediu meus documentos. Eu não tinha nada para apresentar. “Estamos de olho em você, moleque, desde lá da Ana Costa. Qual é a sua, diga logo”.
Levei um ‘bruta’ susto. Nem me lembro o que falei, mas sei que gaguejava. Ele só me liberou quando dei meu nome e o endereço, que o outro guarda confirmou pelo rádio do carro. “Vai para casa e rápido, pois vamos continuar te observando”. Nem precisava mandar, bati em retirada de volta para a minha adorável e acolhedora casa. No outro dia acordei pensando: “Vou mostrar para esse velho pão duro que eu não preciso dele”. Era só isso que meu pai queria, foi a mosca no mel.
E foi assim que eu aprendi a cair e levantar, foi assim que em certas situações, um não, é melhor que um sim. E foi assim que cheguei onde cheguei.
Esse é o motivo pelo qual vem esse prazer que tenho em contar a história com meu filho e com minha esposa. É um ‘muito’ de meu pai dentro de mim.
Ainda em tempo, uma parada obrigatória. Quase trinta anos depois, comprei a casa de esquina na Washington Luiz, 406, para onde pretendia mudar a clínica e fui pedir para que meu pai retirasse o inquilino de sua casa, o 408, pois eu tinha o sonho de ter a Clínica Denari, em sua sede própria. Prometi a ele que, enquanto ele vivesse, eu continuaria pagando-lhe aluguel do 408. Ele de imediato concordou.
Assim foi feito. Pedimos a casa ao inquilino e começamos a adaptação das duas casas para receber a clínica. De vez em quando, ele passava para acompanhar a obra. Vencido o primeiro aluguel, entreguei o dinheiro para minha mãe passar para ele. No dia seguinte ela veio me devolver; meu pai disse entender que eu estivesse com muitas despesas pela reforma. Elas, as notas, estavam muito velhas, justificou meu pai; e acrescentou que meu sonho estava ficando muito bonito, elegante, e que eu nunca mais me preocupasse com o aluguel. E assim eu cumpri até o final de sua vida.
Esse é o motivo da minha alegria maior, ter o meu pai como um aliado a mais na realização do nosso sonho, a Clínica Denari, do Dr. Antenor Denari, filhos, netos e amigos.

Nilson Denari
nilsondenari@clinicadenari.com.br
ewa@cmg.com.br

terça-feira, 23 de junho de 2009

Curso de Prótese

Dr. Marcos, Dra. Marly, Dr. Nilson, nosso técnico em Prótese Dental João Baptista e Dra. Mônica, ladeando os professores Ivone Buisch e Eurípedes Vedovato

No dia 19 e 20 de Junho a Equipe da Clínica Denari participou de um curso oraganizado pela APCD do Jardim Paulista no Hospital Sírio Libanês em São Paulo sobre o tema "Prótese: Longevidade e novos Materiais".
Vinte e dois profissionais, dentistas e protéticos se revesaram em dupla ou em trio debatendo os temas sobre prótese, reabilitações e implantes de maneira muito dinâmica, apresentando o que há de novo em odontologia e a relação que deve haver entre o dentista e seu protético para se conseguir o melhor resultado para o paciente.
Além de nos atualizar, pudemos com isso conferir que a Clínica Denari está seguindo o caminho certo...